Secretaria de defesa social tem até a próxima sexta-feira para responder questionamentos sobre agressão a um adolescente no Zerão
A corregedoria abriu sindicância para apurar a denúncia. O prazo para as investigações é de cem dias, mas por se tratar de um adolescente, o caso tem prioridade.
A ocorrência foi gravada por uma amiga, com um celular. A família do adolescente entregou as imagens à corregedoria do Município, juntamente com um laudo do IML e um boletim de ocorrência. O episódio aconteceu no Zerão, região central de Londrina. Não é possível precisar quantos guardas municipais participaram da ação, mas vários aparecem nas imagens. A vítima estima que eram dez. O laudo do IML aponta escoriações na testa e na boca. O corregedor, Alexandre Trannin, abriu sindicância e pediu esclarecimentos à Secretaria de Defesa Social.
Há vinte e uma investigações abertas sobre possíveis atos de violência praticados por guardas municipais. Mas esta terá prioridade, porque a vítima tem 17 anos. Uma sindicância pode durar cem dias, prorrogáveis por outros cem. A corregedoria aguarda a manifestação da Defesa Social para avaliar se haverá necessidade de ouvir testemunhas.
A guarda municipal tinha sido acionada para verificar uma situação de perturbação do sossego relacionada à pandemia, na noite de sábado. As imagens gravadas com um celular mostram o adolescente apanhando. A vítima chega a cair no chão. A corregedoria apura o tipo de agressão e quem as praticou.
A Secretaria de Defesa Social tem até sexta-feira que vem para se manifestar. O secretário, Coronel Pedro Ramos, deu a versão da guarda sobre como a confusão começou.
Ramos ainda classificou a ação da guarda como legítima. Mas admitiu que podem ter ocorrido excessos.
Dependendo da conclusão da corregedoria, poderá ser aberto processo administrativo contra os guardas envolvidos diretamente no caso.