QUARTA, 23/09/2020, 19:15

Secretaria Estadual de Saúde alerta para doença rara entre crianças e adolescentes associada à Covid-19

Sintomas da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, a SIM-P, costumam aparecer em até quatro semanas após exposição ao coronavírus.

A Secretaria de Estado de Saúde está monitorando os casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), uma doença considerada rara que pode estar associada ao coronavírus. Os sintomas da SIM-P podem aparecer até quatro semanas após a exposição à Covid-19 em crianças e adolescentes de zero a 19 anos.

Com objetivo de identificar se a síndrome pode estar relacionada à Covid-19, o Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria, emitiu em maio um alerta orientando os profisisonais da área sobre o manejo clínico e a importância da identificação precoce dos casos da síndrome no Brasil.

Em julho, o Ministério também publicou uma nota técnica orientando sobre como a notificação deve ser feita pelos serviços de saúde ao identificar crianças ou adolescentes que preencham a definição de caso.

Os sintomas mais comuns da síndrome são febre persistente, conjuntivite, edema nas extremidades, manchas no corpo, dor abdominal, manifestações gastrointestinal (vômito e diarreia) e elevados marcadores inflamatórios, sendo que os sintomas respiratórios nem sempre estão presentes.

A orientação da Sesa aos serviços de saúde é que notifiquem os possíveis casos da doença, com atenção especial para os sintomas e, principalmente, se a criança ou o adolescente teve diagnóstico positivo para o coronavírus.

No Brasil, até 22 de agosto, o Ministério da Saúde notificou quase 200 crianças e adolescentes de 0 a 19 anos com a síndrome. Deste total, 14 foram a óbito pela doença, associada à Covid-19.

No Paraná, até o momento, segundo levantamento da Sesa, foram dez casos, seis entre meninos e quatro em meninas com idades entre três a 16 anos. Quatro deles já tiveram alta hospitalar, três foram a óbito e três permanecem em investigação. Sete casos ocorreram em Curitiba, e os outros três em Fazenda Rio Grande, Realeza e Medianeira.

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