TERCA, 23/02/2021, 17:28

Secretaria Estadual de Segurança Pública nega pedido de visitas presenciais aos presos

Desde sábado, parentes de pessoas encarceradas acampam em Curitiba para pressionar o governo. Um ônibus com manifestantes saiu de Londrina. 

O Departamento Penitenciário do Paraná informou em nota que desde o início da pandemia, em março passado, as visitas presenciais nas unidades prisionais de todo o Estado estão suspensas por questão de segurança à saúde dos presos, dos agentes penitenciários e também das famílias.

Segundo a nota, a Secretaria da Segurança Pública e a Defensoria Pública do Estado estiveram reunidas com advogados e parentes de detentos para debater a possibilidade de retorno das visitas, entrada de sacolas e outros temas relacionados. Os estudos em relação à questão são constantes.

Tanto o Depen quanto a Secretaria afirmam que compreendem os assuntos abordados pelos manifestantes e, devido a isso, avaliam com frequência a viabilidade de atender as demandas. Mas alegam que as visitas movimentam centenas de pessoas em aglomeração nas unidades penais, o que neste momento não é recomendável, devido orientações dos órgãos de saúde.

Ainda não há uma previsão de retorno das visitas aos detentos. No entanto, para ajudar a reduzir a distância, em mais de 40 unidades prisionais é possível fazer visitas virtuais. Além disso, as equipes de assistentes sociais do Depen estão à disposição para prestar informações aos familiares quando necessário.

Sobre as denúncias de maus tratos aos presos, o Depen esclarece que as penitenciárias passam por inspeções constantemente e que todas as denúncias são devidamente apuradas pela Corregedoria e demais órgãos de controle. O Departamento orienta ainda que, em caso de irregularidade, denúncia ou reclamação, as pessoas entrem em contato com a ouvidoria do Depen pelo telefone (41) 3294-2958 ou pelo e-mail: ouvidoriadepen@depen.pr.gov.br

Um ônibus com parentes de presos saiu de Londrina sábado para participar de um acampamento em frente ao Palácio do Governo pedindo o retorno das visitas presenciais.

Por Livia de Oliveira

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