SEGUNDA, 02/12/2019, 06:50

Semana começa com servidores de braços cruzados em todo o estado

Diversas categorias estão em greve contra os projetos do governo da reforma da previdência estadual. Movimento deve ganhar ainda mais força nesta terça, com a realização de uma grande manifestação em Curitiba.

Os servidores públicos estaduais iniciam nesta segunda-feira um período de pelo menos três dias de greve geral da categoria. Aderiram ao movimento professores da Rede Estadual, docentes e técnicos da Universidade Estadual de Londrina, funcionários do HU a até os policiais civis. Ou seja, não haverá aulas nas escolas estaduais e na UEL entre esta segunda e quarta-feira. As atividades nas delegacias e nos hospitais estaduais também estão restritas. O funcionalismo protesta em peso contra os projetos já apresentados na Assembleia Legislativa que preveem a reforma da previdência estadual.

A proposta, dividida em três matérias, segue os moldes da aprovada em âmbito nacional, estabelecendo idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens pra se aposentar, e um tempo de pelo menos 25 anos de contribuição. Mas o ponto que mais desagrada os servidores é o que aumenta, de 11% para 14%, a alíquota do imposto previdenciário recolhido por eles. Os sindicatos também não concordam com o fato de o poder público ter apresentado os projetos sem antes dialogar com o funcionalismo. Quem destaca o presidente da APP Sindicato em Londrina, Márcio André Ribeiro.

O movimento grevista deve ganhar ainda mais força nesta terça-feira, com a realização de uma grande manifestação no Centro Cívico, em Curitiba, conforme explicou o diretor do Sindiprol/Aduel, Eliel Machado.

Os técnicos da UEL e do HU devem ir de caravana participar da mobilização. O presidente da Assuel Sindicato, Arnaldo Mello, garantiu, entretanto, que as atividades consideradas essenciais nos hospitais não vão ser afetadas pela paralisação.

Em nota, o Governo do Estado destaca que a reforma é importante para diminuir o rombo previdenciário, atualmente em R$ 6,3 bilhões, e, assim, manter em dia o pagamento das aposentadorias. A proposta, ainda conforme o governo, também vai conseguir acelerar a capitalização do fundo previdenciário. A projeção do poder público é de que esse fundo tenha um caixa de R$ 36,5 bilhões em trinta, tornando-se assim autossuficiente. Apesar do protesto e do descontentamento dos servidores, o governo quer aprovar a reforma da previdência ainda este ano.

Por Guilherme Batista

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