QUINTA, 02/07/2020, 19:27

Semestre fecha com queda recorde de 35% na entrada de novos consumidores na lista de inadimplentes

Consultor econômico da ACIL explica que número absolutamente atípico teve como causa o fato dos comerciantes deixarem de comunicar a falta dos pagamentos.

O número de consumidores que teve o nome incluído no Sistema de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina fechou o semestre com queda recorde de 35% na comparação com o mesmo período do ano passado. Índice que nunca tinha sido registrado. Em relação a junho, a queda chegou a 11% na comparação com o mesmo mês de 2019. Número que já começa a refletir a retomada das atividades e contrasta com os registrados nos dois meses anteriores, por exemplo. Em abril e maio, o percentual de consumidores ‘negativados’ caiu, respectivamente, 73% e 50%.

O consultor econômico da ACIL, Marcos Rambalducci, explica que uma redução desse porte nos indicadores dos dois meses, tão atípica, só se explica pela falta de comunicação dos lojistas sobre a inadimplência dos clientes, seja porque os estabelecimentos estavam fechados ou porque os comerciantes entenderam que, em função do momento, o consumidor estaria sem condições de pagar.   

Mas, Rambalducci explica que esse comportamento dos comerciantes não deve se repetir em junho, e, com isso, o percentual de consumidores que entra na lista de inadimplentes deve voltar a crescer de maneira acentuada até o fim do ano.   

O consultor econômico da ACIL afirma ainda que, quando se analisa a quantidade de consumidores que conseguiram ‘limpar o nome’, a pandemia também vem deixando suas marcas. Em junho, por exemplo, 20% menos consumidores conseguiram deixar o cadastro de inadimplentes, em comparação com o mesmo mês de 2019.

No acumulado do semestre, a queda na saída de nomes da lista de devedores foi de 31%, índice também bastante alto, mas nesse caso sem surpresas, segundo Marcos Rambalducci.

Rambalducci afirma ainda que a saída de consumidores do cadastro de inadimplentes deve continuar caindo ao longo dos próximos meses, como mais um reflexo da crise gerada pela pandemia.

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