Quando assumiu a prefeitura no início deste ano, Marcelo Belinati se assustou com as contas da Sercomtel e, de imediato, pediu pela formulação de um plano de reequilíbrio financeiro, o que, de acordo com ele, impediu a telefonia de fechar as portas no mês de março. Com uma dívida acumulada que ultrapassa os R$ 200 milhões e correndo o risco iminente de ter a concessão cassada pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, a empresa de telefonia municipal só terá salvação, de acordo com o prefeito, se as lideranças da cidade e também do estado se unirem em prol dela. O futuro da Sercomtel vai voltar a ser discutido durante a noite desta terça-feira justamente com entidades da sociedade civil organizada que estão preocupadas com os números. Para Marcelo Belinati, é essencial que o município consiga manter a concessão da Anatel, para que, segundo ele, a Sercomtel siga operando os serviços em Londrina e cidades da região.

A ideia levantada no mês passado de conceder a administração da Sercomtel à Copel, Companhia Paranaense de Energia Elétrica, também não está descartada e será discutida com as lideranças durante a reunião desta terça-feira à noite. O prefeito lembra que a estatal do Governo do Estado também é acionista da telefonia, mas minoritária. O município pode transformar a Copel em acionista majoritária, justamente para a companhia ajudar a recuperar as finanças da Sercomtel.