SáBADO, 04/07/2020, 10:16

SESA afirma que se Londrina não fechar agora, governo pode decretar lockdown em pouco tempo

O diretor da secretaria estadual enfatiza a importância da prefeitura respeitar o Decreto pra evitar colapso na área da 17ª Regional de Saúde.

Em entrevista à nossa reportagem, o diretor da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), Nestor Werner Junior justificou novamente que o Decreto Estadual, que impõe medidas restritivas no combate ao novo coronavirus levou em conta números regionais e não isolados. Sem detalhar esses números, ele destaca que a SESA considera a quantidade de mortes, a incidência da doença e a ocupação de leitos atuais e futuros. E que esses índices, em todas as regionais que entraram na lista do Decreto, estão acima da média de todo o Paraná.

A SESA recebeu os argumentos do prefeito Marcelo Belinati, que estão sendo analisados. Mas, a posição, pelo menos até o momento, continua a mesma. Ele defende que, ao contrário das críticas, o fechamento das atividades produtivas no final de março foi importante para que o estado não perdesse o controle da pandemia. E a restrição agora é fundamental para que não haja um colapso no sistema de saúde nos próximos dias, como mostra a projeção do governo. O diretor não descarta que outras regionais de saúde também entrem na lista e tenham que adotar medidas mais restritivas para garantir o isolamento social.  

O diretor enfatiza que a notificação sanitária enviada pelo governo determina que o Decreto Estadual seja imediatamente cumprido em Londrina. Além disso, afirma ainda que se não fechar agora, em alguns dias o governo terá que decretar lockdown, que é uma medida mais rígida, quando fecha tudo, inclusive serviços considerados essenciais e por vários dias.

A notificação do governo destaca a projeção considerada pela SESA, que foi feita pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Ela aponta um aumento significativo do número de casos de Covid-19 entre 30 de junho e 12 de julho, com o estado passando de quase 23 mil casos para mais de 53 mil. O documento adverte ainda sobre a possibilidade de responsabilização sanitária da Prefeitura e penal do gestor municipal em caso de descumprimento do Decreto Estadual, que começou a valer no dia 1º de julho, quarta-feira.

Por Claudia Lima

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