SEGUNDA, 13/07/2020, 06:05

Setor de serviços recua 0,9% em maio e tem quarta queda consecutiva, aponta pesquisa do IBGE

Apesar da sequência negativa, levantamento, divulgado nesta sexta-feira, mostrou ainda que certos segmentos do setor tiveram alguma recuperação em maio.

O setor de serviços no país ainda sente os efeitos das medidas de isolamento e recuou 0,9% em maio, na comparação com abril. Foi a quarta queda consecutiva do segmento no ano. O número faz parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

De acordo com o IBGE, em relação a maio do ano passado o setor recuou 19,5% agora em 2020. No acumulado do ano, ainda segundo a pesquisa, a queda nos serviços chegou a 7,6%. O resultado menos pior foi dos últimos 12 meses, quando o segmento registrou recuo de 2,7%.

O economista e professor da UTFPR, Marcos Rambalducci, avalia que a queda de maio no setor de serviços, o que mais vem sofrendo com a pandemia junto com o comércio, é bastante significativa, porque é uma retração registrada a partir de um mês que teve resultados ainda piores.

No caso da receita nominal do setor, que é a soma de tudo que foi recebido pelas empresas, a queda foi de quase 19% na comparação com maio do ano passado e de 0,7% em relação a abril, dado que, de acordo com Rambalducci, revela um aumento de preços nos serviços prestados pelo setor.

O economista diz que os números de Londrina devem ser ainda piores, já que o setor de serviços é parte importante do PIB da cidade.

A queda de 0,9% de abril para maio em todo o país teve grande contribuição de três das cinco atividades pesquisadas: serviços de informação e comunicação, com baixa de 2,5%, serviços profissionais, administrativos e complementares, de 3,6%, e outros serviços 4,6%.

Por outro lado, duas atividades tiveram crescimento de abril para maio: serviços auxiliares aos transportes e correio, 4,6%, e serviços prestados às famílias, com aumento de quase 15%.

A pesquisa do IBGE mostrou também que os serviços relacionados a alojamento, alimentação e transporte, que registraram perdas importantes em abril, também registraram certa recuperação, em maio.

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