QUARTA, 30/12/2020, 15:46

Sindarspen afirma que agente penitenciário morto por coronavírus pegou a doença durante transporte de preso contaminado em Londrina

Profissional tinha 46 anos e não apresentava comorbidades associadas. Depen argumenta que não há como confirmar que a infecção foi contraída pelo servidor no ambiente de trabalho.

O agente penitenciário Marcos Paulo Teixeira, de 46 anos, morreu vítima do coronavírus em Londrina depois de passar um mês em tratamento contra a doença. Ele não tinha comorbidades associadas. De acordo com o Sindarspen, que representa a categoria, o profissional teria contraído a Covid-19 durante o transporte de um preso da Casa de Custódia de Londrina, onde ele trabalhava. O detento, na ocasião, seria um caso positivo de coronavírus. O presidente do sindicato, Ricardo Miranda, lamentou a morte do agente, e disse que o fato serve para expor ainda mais a fragilidade do sistema prisional do estado no controle da pandemia de coronavírus dentro das unidades. O agente de Londrina, que é morador de Ibiporã, seria o terceiro pertencente à categoria que perdeu a vida para a doença no Paraná. Os outros dois casos, de agosto e outubro deste ano, foram registrados em Curitiba.

Em nota, o Departamento Penitenciário do Paraná lamentou a morte do agente, que tinha doze anos de função pública, mas argumentou que não há como confirmar que ele pegou a doença no ambiente de trabalho. O Depen garantiu, ainda, que, atualmente, não há nenhum surto de coronavírus sendo monitorado em unidades prisionais de Londrina. Na Casa de Custódia, segundo o órgão, houve o registro de alguns casos há 40 dias, mas todos os presos já se recuperaram. A unidade tem ainda dois servidores afastados das funções: um deles contaminado e outro que precisou pedir licença porque está com um familiar doente.

Já em relação à situação da unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina, o Depen confirmou que pelo menos 49 presos contraíram a doença, mas garantiu que eles já passaram pelo período de quarentena em uma ala isolada e, atualmente, estão recuperados. Na PEL 2, 14 funcionários também precisaram ser afastados das funções por conta do surto.

Por Guilherme Batista

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