SEXTA, 12/04/2019, 19:46

Superintendente da Anatel afirma em reunião pública na Câmara que Agência não tem preferência por nenhuma solução para Sercomtel, mas disse que ela tem que ser rápida

Presidente da operadora londrinense diz que possibilidade mais concreta hoje é a realização de um leilão e defende urgência na votação do projeto de lei que autoriza alteração no controle da empresa.

Uma reunião pública com os principais personagens envolvidos no processo de reestruturação da Sercomtel para detalhar todas as possibilidades que existem para a recuperação da empresa. A estatal londrinense, que tem como sócios majoritários o município, com 54,9% das ações e a Copel, com 45%, enfrenta um processo de caducidade aberto pela Anatel em 2017 e que foi suspenso por 120 dias no fim de março.

Participaram do encontro na Câmara de Vereadores, que durou quase três horas, o presidente da Sercomtel, Cláudio Tedeschi, o superintendente de Controle de Obrigações da Agência Nacional de Telecomunicações, Carlos Manuel Baigorri, além do diretor-presidente da Copel Telecom Wendel Oliveira. O prefeito Marcelo Belinati foi convidado, mas enviou o secretário de Governo, Juarez Tridapalli.

Dos 19 vereadores, apenas quatro participaram de toda a reunião. O presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Sercomtel, vereador Eduardo Tominaga, Felipe Prochet e Jamil Janene, que também fazem parte da Comissão e o vereador Maury Cardoso.

O primeiro a falar foi o superintendente da Anatel, Carlos Baigorri, que teve 20 minutos e fez um histórico do processo de caducidade. Baigorri disse que a Agência não tem interesse nenhum na perda da licença de oper4ação da empresa porque seria muito traumático para todos.

O superintendente disse ainda que Agência não tem preferência por nenhuma solução para a Sercomtel, mas que ela deve ser suficiente para reequilibrar a empresa financeiramente e vai depender da anuência da Anatel, ao final dos 120 dias, para ser colocada em prática.

No último dia nove, a Prefeitura protocolou na Câmara o projeto de lei que autoriza a alteração do controle acionário da estatal londrinense. Na proposta apresentada pelo Executivo há duas possibilidades, um leilão ou o aporte de recursos pela empresa Dez de Dezembro, que é sócia minoritária da Sercomtel e apresentou uma proposta oficial de R$ 120 milhões para assumir o controle da companhia.

O presidente da Sercomtel, Cláudio Tedeschi, não quis cravar uma solução para a empresa, mas adiantou que a possibilidade mais concreta hoje seria um leilão. Tedeschi defendeu a urgência votação do projeto de lei e disse que em qualquer caso, o futuro da estatal vai depender de uma concorrência pública.

O sócio da Dez de Dezembro, Heber Wedemann, explica que o leilão, a princípio, não inviabiliza a participação da empresa, mas defende a proposta da companhia de um aporte da recursos.

O vereador Eduardo Tominaga, presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Sercomtel, afirma que o prazo é curto e que a tramitação do projeto de lei precisa ser rápida.

O processo de caducidade está suspenso até o dia 23 de julho, quando acaba o prazo de 120 dias dado pela Anatel. O projeto de Lei enviado pelo Executivo, que autoriza a alteração do controle acionário da Sercomtel, tramita, desde a semana passada, pelas Comissões Permanentes da Câmara de Vereadores.

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