As ações de improbidade administrativas apresentadas à Justiça pelo Ministério Público do Paraná de suposta rachadinha organizada pela família Boca Aberta no gabinete do deputado estadual Matheus Viniccius Petriv e o suposto desvio de kits esportivos que deveriam ser destinados na íntegra para cinco colégios estaduais do Paraná serviram de subsídio para apresentação de representações na Câmara Municipal de Londrina, na Assembleia Legislativa do Paraná e na Câmara dos Deputados com pedido de cassação de mandato. Os alvos são a vereadora, Mara Boca Aberta, o deputado estadual Boca Aberta Junior, e o pai dele Boca Aberta Junior. 

Nas três esferas, o pedido de investigação pela Comissão de Ética Parlamentar para apuração dos fatos na esfera política foi protocolado pelo profissional da área segurança Leonardo Cesar dos Santos, morador de Londrina.

Em nome do representando, o advogado criminalista Mario Barbosa, foi à Curitiba nesta quarta-fiera, protocolar a representação na Alep. A representação contra Mara foi protocolada na terça-feira. Segundo o advogado, os documentos encaminhados à Justiça pelo Ministério Público dão base para que eles sejam investigados também nos Legislativos. 

No dia 30 de maio, o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, Emil Tomás Gonçalves, aceitou parcialmente a ação do Ministério Público e determinou o bloqueio de bens em R$ 81.701,73,  valor que agora fica indisponível deve ser aplicado individualmente aos três parlamentares membros da mesma família.

Segundo investigação conduzida pelo promotor Renato de Lima Castro, do Gepatria, (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), os três acusados passaram a exigir, a partir de junho de 2019, que os funcionários comissionados do gabinete de Boca Aberta Jr. retirassem parte de seus salários para pagar contas pessoais da família, como IPTU, luz, telefone e internet, além de outras despesas.  

 O MP investiga se o deputado estadual desviou materiais que seriam entregues para colégios estaduais de Londrina, na região norte do estado, que são destinados por recursos públicos da Paraná Esporte. . O órgão informou que há a suspeita de Boca Aberta Júnior ter se apropriado indevidamente de kits esportivos e desviado os materiais para instituições privadas;  O órgão também  apurou que cerca de R$ 204 mil em materiais esportivos foram desviados de instituições públicas.   Há suspeita ainda de que os kits desviados teriam sido usado para compra de votos na eleição da vereadora, diz a representação.   

O deputado estadual tem negado as acusações e acusou os ex-assessores de retaliação política após terem perdido a eleição para vereador. Já o deputado federal Boca Aberta respondeu à CBN e disse que as acusações são falsas e que os denunciantes não tem provas das supostas irregularidades.