Enquanto em 2020 o estado possuía mais de 36 mil jovens aptos a votar, até esta segunda-feira eram mais de 86 mil pessoas. Esse número deve crescer um pouco mais uma vez que o prazo para a regularização da situação eleitoral só chega ao fim no final desta quarta-feira.

Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, o crescimento é reflexo de uma campanha da Justiça Eleitoral para engajar a participação dos jovens no processo democrático e que incluiu uma estratégia de comunicação centralizada em redes sociais como o Tik Tok, e até conversas nas escolas.

No entanto, mesmo com este salto, o número de jovens participando do processo eleitoral, por enquanto, ainda é bem menor do que nas eleições anteriores. Esta faixa de eleitores era composta por 115 mil nas eleições de 2002 e 152 mil em 2006. Já em 2010 eram 136 mil eleitores, até haver uma queda para 91 mil em 2014 e um novo crescimento para 103 mil 2018.

Para o cientista político, professor de ética e filosofia política da UEL e colunista da rádio CBN, Elve Censi, tanto a situação econômica complicada que vive o país e afeta os jovens, quanto a influência dos familiares devem ser fatores que podem motivar os jovens a comparecerem às salas de votação em outubro.

Para ele, outro aspecto interessante implícito nestes números é a confiança dos mais jovens no processo eleitoral e especialmente nas urnas eletrônicas, que já há alguns anos vêm sendo alvo de uma campanha de deslegitimação por parte do governo Bolsonaro.