SEGUNDA, 06/08/2018, 18:37

Tribunal de Contas notifica três prefeituras da região por falta de transparência e irregularidades em licitações

Municípios de Apucarana, Arapongas e Rolândia vão ter que readequar processos e prestar esclarecimentos ao órgão de controle, que, entre os problemas detectados, encontrou possível superfaturamento em processo de compra de medicamentos.

Três prefeituras da região de Londrina vão precisar prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Estado, que emitiu medidas cautelares pedindo readequações nos portais da transparência e a devida correção de irregularidades encontradas em processos de licitação. Foram notificados os municípios de Apucarana, Arapongas e Rolândia, que tiveram os trabalhos alvo do Ministério Público de Contas nos últimos meses.

No caso de Apucarana, além da falta de processos e números no portal da transparência, foi encontrado um possível superfaturamento na licitação que prevê a compra de medicamentos e insumos farmacêuticos para a rede pública de saúde. Segundo o levantamento, na comparação com o Banco de Preços do Ministério da Saúde, os valores praticados pelo pregão da Prefeitura de Apucarana são 5,75% maiores, o que gerou um gasto de quase 200 mil reais a mais que o necessário, segundo o TCE.

Uma irregularidade questionada pelo procurador jurídico daquele município, Paulo Sérgio Vital, que garantiu que o processo, aberto no ano passado, foi realizado sem nenhum tipo de problema ou ilegalidade.

Outro ponto levantado pelo Tribunal de Contas é a possível terceirização de mão de obra pra área da saúde, o que seria ilegal. Mas, segundo o procurador, os chamamentos públicos foram a forma encontrada pelo município pra não deixar os postos e unidades de pronto atendimento sem funcionários.

O Tribunal de Contas também indicou problemas no pregão que previa compra de medicamentos para o município de Rolândia, que, por sua vez, resolveu revogar o processo para as devidas correções. Em nota, a prefeitura daquela cidade admitiu os problemas na precificação dos produtos, o que também teria gerado sobrepreço.  O município garante, ainda, que no próximo processo vai utilizar a tabela de preços indicada pelo TCE, e que todos os medicamentos do pregão ainda têm em estoque.

Por fim, o tribunal indicou irregularidades na licitação aberta pela Prefeitura de Arapongas também pra compra de remédios. No pregão, de 300 mil reais, segundo o TCE, o município teria prejudicado a competitividade entre as empresas, uma vez que afastou laboratórios e distribuidoras especializados do certame. O órgão também questiona a falta da quantidade necessária para cada um dos produtos. A CBN entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

As três prefeituras têm 15 dias pra readequar os portais da transparência e responderem os questionamentos do Tribunal de Contas.

Por Guilherme Batista

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