SEXTA, 16/08/2019, 17:43

UEL deve perder quase 500 bolsas de pesquisa do CNPq

Principal entidade financiadora da ciência no país alega déficit de R$ 330 milhões no orçamento e bolsas têm garantia de pagamento só até esse mês.

Não bastassem as dificuldades a nível estadual, a UEL enfrenta também cortes determinados pela União e pode perder quase 500 bolsas direcionadas a pesquisadores de várias modalidades, já a partir do próximo mês.

As bolsas são financiadas pelo CNPq e os cortes anunciados pelo Governo Federal devem atingir 84 mil estudantes e professores de todo o país. A lista inclui desde alunos de Iniciação Científica da graduação, com bolsas de R$ 400, até professores seniores, que recebem bolsas de Produtividade em Pesquisa, de até R$ 1.500 por mês. De acordo com o CNPq, as bolsas têm garantia de pagamento apenas até o fim desse mês.

O reitor da UEL, Sérgio Carvalho, diz que todas as universidades do país estão mobilizadas para tentar convencer o Governo Federal a reverter a decisão. Segundo o reitor, o corte das bolsas vai ter forte impacto nas atividades de pesquisa da Universidade e de todo o país.

Segundo a UEL, a produção acadêmica das sete Universidades Estaduais faz com que o Paraná esteja entre os cinco estados brasileiros que mais produzem ciência e inovação, com 198 mestrados e 92 doutorados.

Os cortes atingem ainda 49 bolsas de Iniciação Científica Júnior, direcionadas a estudantes de Ensino Médio e que tem objetivo de revelar novos talentos. Existem ainda outras 128 bolsas produtividade, de professores que atuam nos vários Programas de pós-graduação, e que também devem ser suspensas.

De acordo com o CNPq, o déficit no orçamento da instituição para este ano chega a R$ 330 milhões.

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