SEGUNDA, 22/10/2018, 06:05

Última semana da campanha eleitoral tem mobilização de juízes para tentar coibir fake news

Para juíza eleitoral de Cambé, disputa acirrada e polarização extrema acabaram levando a esse cenário de propagação das fake news.

Na reta final da campanha e com a enxurrada de fake news e falsas mensagens circulando pelas redes sociais, o tema se tornou prioridade para a Justiça Eleitoral e o Ministério Público, pelo menos até o fim das eleições. Na semana passada, por exemplo, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, se reuniu com os advogados das campanhas de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad e com Procuradores Eleitorais e afirmou que a propagação de conteúdo falso na internet não é bom para o eleitor nem para a democracia. Quem também participou do encontro foi o Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que pediu jogo limpo na disputa.

E boa parte dessas fake news eleitorais que circulam pela internet gira em torno de possíveis fraudes nas urnas eletrônicas. São dezenas, centenas de notícias falsas, sempre de fontes desconhecidas ou pouco confiáveis. Uma delas, que circulou bastante pelas redes sociais nos últimos dias afirmava que a Polícia Federal teria apreendido uma van cheia de urnas eletrônicas adulteradas. A falsa notícia circulou pelo whatsapp e apontava que dos 152 votos encontrados na tal urna, 121 estariam em nome de um candidato. Mais uma mentira. A juíza eleitoral de Cambé, Patrícia Ávalos, diz que o cidadão precisa ficar atento e checar a fonte da informação antes de propagar uma informação para evitar esse clima de insegurança nas eleições.

Em Minas Gerais, o Tribunal Regional Eleitoral investigou um vídeo em que um eleitor teria filmado uma urna supostamente com problemas. Quando a pessoa digitava o número 1, a tela mostrava a imagem de um candidato. Mas, o TRE comprovou que o material se tratava de uma montagem.  A Juíza diz que todo o judiciário está empenhado nesse esforço contra as fake news e avalia que os boatos virtuais acabam instigando a intolerância e a violência.

Patrícia Ávalos acredita que a disputa acirrada e a extrema polarização que se vê nessas eleições acabaram levando a esse cenário de propagação das fake news e defende que os dois lados tenham consciência da necessidade de um processo eleitoral limpo e pacífico.

As fakenews podem ser denunciadas diretamente nos próprios aplicativos, como Facebook e Whtasapp, ou ainda no TRE, pelo Disque Denúncia Paraná, o número é o 181 e a ligação é gratuita. O Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal também contam com páginas dedicadas a denúncias envolvendo a eleição.

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