SEGUNDA, 17/09/2018, 18:51

Últimas testemunhas de acusação do inquérito que investiga delegado da PF serão ouvidas nesta terça-feira

Defesa do delegado chegou a pedir arquivamento do inquérito, mas teve o recurso negado pelo STJ. Procurador afirma que Sandro Viana só foi solto por um erro do judiciário.

São as duas últimas testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Federal na fase de instrução do processo. Depois disso, será a vez das testemunhas de defesa e dos dois réus. A Operação Corrumpere foi desencadeada pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado e prendeu preventivamente o delegado da própria PF, Sandro Viana, e o proprietário de uma empresa de segurança aqui da cidade, Clodoaldo Pereira dos Santos, conhecido como Tigrinho.

As investigações da Operação apontaram que o delegado solicitou dinheiro a um empresário para deixar de indiciá-lo. Tigrinho e o delegado foram presos quando dividiam uma propina de R$ 35 mil.

O Procurador da República Luiz Antônio Cibim, que está à frente do caso, avalia que agora o processo deve voltar a tramitar com rapidez, já que ficou parado durante quase um ano, porque duas das principais testemunhas de acusação, dois delegados da PF, estavam fazendo um curso fora do país.

Sandro Viana, que estava detido em Brasília, foi solto no dia sete de abril do ano passado e passou a responder o processo em liberdade. Clodoaldo Santos, que estava preso aqui na Penitenciária Estadual de Londrina foi liberado um dia antes. Os dois foram liberados depois de um habeas corpus do TRF 4 e passaram a usar tornozeleira eletrônica.

O Procurador afirma que eles só foram soltos por conta de um erro do Tribunal.

Em junho desse ano, a defesa do delegado da PF solicitou ao Superior Tribunal de Justiça em Brasília o arquivamento do inquérito, alegando falta de provas, mas teve dois recursos negados pelo STJ. Luiz Antônio Cibim acredita que em um prazo de oito a 10 meses o caso deve ir a julgamento.

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