SEGUNDA, 31/05/2021, 07:01

Um mercado bilionário e que a partir de agora deve contar com a participação do Paraná

Com certificação internacional, estado tem novo cartão de visitas para conseguir vender mais carne e a preços melhores, afirma Federação da Agricultura.

Um mercado gigantesco e do qual o Paraná quer mais uma fatia. Agora com certificação internacional e com produtos que devem alcançar preços melhores. Ainda durante o processo de certificação nacional como área livre de aftosa sem vacinação pelo Ministério da Saúde e depois pela Organização Mundial de Saúde, a questão é tratada quase como uma unanimidade entre as entidades ligadas à área, produtores rurais, donos de frigoríficos e integrantes do Governo do Estado.

O selo internacional concedido pelo órgão máximo de vigilância animal do mundo abre muitas portas para a carne paranaense. Em um mercado de cifras bilionárias e com oportunidades de vendas nos cinco continentes. Atualmente, o Paraná é o 9º colocado no ranking brasileiro de produção de carne bovina, com uma participação de pouco mais de 4,5% do total do país. E o 10º em exportação do produto, mas com uma participação bem menor, de apenas 1,33% do que é vendido para fora pelo Brasil.

O assessor da presidência da FAEP, a Federação da Agricultura do Paraná, e ex-secretário Estadual da área entre 1998 e 2001, Antônio Poloni, afirma que, além dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e China se destacam como alguns dos gigantes entre os principais mercados compradores de carne do mundo.

E com o fim das barreiras sanitárias, uma nova página para o setor segundo o assessor da presidência da FAEP, os ganhos devem vir no volume vendido e no preço final da carne no mercado internacional, não só bovina, e que, estimativas do próprio setor, apontam para algo em torno de 35%.

Antônio Poloni diz ainda que toda a cadeia produtiva precisa se engajar na manutenção do novo status sanitário, e afirma que além dos bovinos e suínos, todos os setores devem se beneficiar do selo da OIE, inclusive o segmento de derivados do leite.

O assessor da FAEP avalia também que a hora de começar a prospectar novos mercados e vender a carne paranaense é agora e que a certificação representa um novo cartão de visita do produto aqui do estado.

O reconhecimento internacional do estado como área livre de febre aftosa sem vacinação foi aprovado pela Sessão Geral da Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal, realizada em Paris, na última quinta-feira. Além do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, e parte do Amazonas e do Mato Grosso também receberam a certificação da OIE.

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