SEGUNDA, 26/09/2016, 18:19

Urna eletrônica completa 20 anos nessas eleições

Voto eletrônico agilizou o processo eleitoral, mas ainda divide opiniões quando o tema é segurança.

Ela não é unanimidade. Nesses 20 anos de existência, a urna eletrônica dividiu as opiniões de especialistas quando o assunto era a segurança do processo eleitoral e a possibilidade de fraudes. Mas, para os 144 milhões de eleitores, os que trabalham na eleição e os candidatos, ela trouxe agilidade. Deixou o voto mais rápido e a apuração, que antes levava meses, agora dura apenas algumas horas. Apesar da polêmica sobre a segurança, o TSE garante que a urna eletrônica é inviolável e que ao eliminar a intervenção humana na apuração e totalização dos votos trouxe mais credibilidade à eleição. O Tribunal realiza, desde 2009, testes públicos com instituições de pesquisa para checar a segurança da urna. Em dois deles houve falhas e o sistema precisou ser aprimorado. Para alguns especialistas, o maior risco está na manipulação do software da urna por funcionários da Justiça Eleitoral. O cientista político e comentarista da CBN Londrina, Elve Cenci, afirma que as urnas eletrônicas são sim confiáveis. Para ele, as polêmicas ficam por conta de algumas teorias da conspiração.

A urna eletrônica começou a ser desenvolvida pelo Tribunal Superior Eleitoral no início dos anos 1990 e foi usada pela primeira vez nas eleições de 1996. Mas, a relação desse aparelho com o Brasil é bem mais antiga. Em 1932, o primeiro Código Eleitoral brasileiro já previa o uso do que se chamava, àquela época, de “máquinas de votar”. Em todo o país são aproximadamente 530 mil urnas eletrônicas espalhadas por quase 5.600 municípios. Mais de 3 milhões de pessoas estarão trabalhando nessas eleições, que devem custar para a justiça eleitoral aproximadamente R$ 800 milhões. Para o cientista político, a cada eleição o processo eleitoral brasileiro fica mais confiável e rápido.

E pra quem vai votar pela primeira vez, essa eleição tem uma novidade, o simulador de votação na urna eletrônica. É só acessar o site do Tribunal Superior Eleitoral e simular o voto para vereador ou prefeito, nos dois turnos. 

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