SEXTA, 09/10/2020, 09:28

Vereador entra com representação na Comissão de Ética por quebra de decoro parlamentar de colega

MárioTakahashi acusa João Martins de mentir sobre projeto de quando era presidente da câmara

A Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Londrina vai analisar uma representação feita pelo vereador Mário Takahashi contra o vereador João Martins por quebra de decoro parlamentar.
Na sessão de 8 de setembro, os parlamentares discutiam um projeto de lei de autoria do presidente Ailton Nantes que prevê a presença de um profissional apto a  se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais, Libras, nos locais de atendimento de saúde pública em Londrina.
Durante a discussão, João Martins disse que um projeto semelhante tramitou na Câmara em 2017, quando Takahashi era o presidente, e que ele não quis assinar a proposta para transmissão por Libras no Legislativo alegando falta de dinheiro. Na fala, João reforça que havia dinheiro em caixa para tal. Ouça um trecho do que o vereador disse à época.

Por conta desta fala, Takahashi acusa Martins de infrigir o artigo oitavo do Código de Ética e Decoro Parlamentar, que diz o seguinte: “acusar Vereador, no curso de uma discussão, de fatos ou atos inverídicos, improcedentes ou descabidos de forma a ofender a honra ou comprometer a imagem deste”.

Mário alega que a iniciativa até tinha parecer favorável da Comissão de Justiça, mas esbarrou na comissão de Finanças, sendo encaminhado inclusive pela Mesa Diretora,  da qual João Martins fazia parte.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez neste ano que os dois vereadores se estranham no plenário virtual. Em junho, durante a discussão de um projeto de autoria de João Martins sobre o certificado de moção honrosa, Takahashi questionou o fato do projeto não prever anonimato durante a análise, como ocorre com as outras homenagens, decididas em sessão secreta. A indagação resultou em um leve bate-boca entre os dois.

A Mesa Executiva encaminhou a representação para análise da procuradoria jurídica com objetivo de verificar as questões legais da denúncia para, posteriormente, levar o caso à Comissão de Ética.

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