Vereadores afastados ganham mais tempo para contestar pedido de cassação na Câmara Municipal
Defesas de Mário Takahashi e Rony Alves têm até março para responder acusações de Filipe Barros, que quer revogação dos mandatos.
A Mesa Executiva da Câmara Municipal estendeu o prazo para envio das defesas dos vereadores afastados Mário Takahashi, do PV, e Rony Alves, do PTB, dois dos denunciados pelo Ministério Público na Operação ZR-3, que investiga mudanças pontuais de zoneamento em Londrina, em relação do pedido de cassação de seus mandatos apresentado por Filipe Barros, do PRB, no dia 26 de janeiro. A Procuradoria disse que não há qualquer deficiência jurídica na solicitação do parlamentar.
Em entrevista coletiva, Barros entendeu as acusações como gravíssimas depois que as investigações evoluíram. Na época, a afirmação foi feita mesmo antes do oferecimento da denúncia. Alves classificou o posicionamento do ex-colega de Legislativo como oportunista. Já Takahashi economizou nas críticas, mas demonstrou desconforto. O caso passou pela Mesa Executiva e foi pras mãos do procurador da Casa, Miguel Aranega Garcia, que deu 10 dias para manifestação dos vereadores afastados.
O advogado Maurício Carneiro, que defende o petebista, pediu mais tempo para enviar as contestações, o que foi acatado pela Mesa Executiva, como informou o presidente da Câmara, Ailton Nantes, do PP.
Depois desta etapa, a situação volta para novo parecer da Procuradoria, que será encaminhado para apreciação da Mesa. O grupo pode indicar ou não o processo ao plenário da Câmara, que irá deliberar sobre o assunto. Takahashi e Alves, por determinação do juiz da 2ª Vara Criminal, Delcio Miranda da Rocha, responsável pela ação da ZR-3, não podem atuar no Legislativo por 180 dias. Eles, assim como os outros denunciados, continuam com tornozeleiras eletrônicas. Eles não estão recebendo salários do Legislativo.