Por unanimidade os parlamentares do legislativo de Arapongas votaram contra a pesquisa da Associação Nacional do Petróleo na cidade.

A ANP quer extrair o gás xisto de municípios em estados como o Paraná e São Paulo.

Segundo o vereador Lita Evangelista, do PHS, autor do projeto de lei que proíbe a extração do xisto em Arapongas, a preocupação para impedir a pesquisa foi em relação aos riscos de contaminação do solo, além dos rejeitos radioativos que necessitam de técnicas avançadas de armazenamento.

Segundo a coordenadora da coalizão, contra operações dessa pesquisa de solo, chamada de operações de fracking, Nicole Oliveira a pesquisa contribui para problemas climáticos, para danos às rochas e excesso absoluto de uso de água potável durante as perfurações.

Em nota a Agência Nacional do Petróleo afirma que a pesquisa realizada não agride o meio ambiente e nem tem relação com fraturamento hidráulico ou gás não convencional - "gás de xisto".

A ANP tem a atribuição legal de fazer estudos geológicos para aumentar o nível de conhecimento sobre as bacias sedimentares brasileiras.

Essa pesquisa sísmica utiliza caminhões vibradores que emitem vibrações (ondas sonoras) em pontos pré-determinados ao longo das rodovias envolvidas na locação do projeto.

A pesquisa sísmica com caminhões vibradores é realizada em estradas federais, estaduais e municipais. A área do estudo inclui 177 municípios do Paraná e em 90 municípios do Estado de São Paulo.

Ainda segundo a ANP a Bacia Sedimentar do Paraná possui inúmeros indícios da ocorrência de petróleo e gás natural, mas ainda não possui campos produtores. Por isso, essa pesquisa tem por objetivo aumentar o conhecimento geológico e sobre o potencial petrolífero dessa grande bacia sedimentar.