SEGUNDA, 24/10/2016, 00:25

Vereadores de Londrina aprovam proposta que barra exploração de gases e óleos considerada nociva ao ambiente

Parlamentares entendem que o fraturamento hidráulico pode contaminar lençóis freáticos. Já a Agência Nacional do Petróleo nega que a técnica será utilizada na cidade.

Também chamado de “fracking”, o método de exploração de gases e óleos por meio do fraturamento hidráulico injeta milhões de litros de água no subsolo na busca por sustâncias como o xisto. O fato de a Agência Nacional do Petróleo ter iniciado pesquisas geológicas nos últimos meses no norte do Paraná amedrontou entidades e órgãos públicos, que consideram a técnica extremamente nociva ao ambiente, pois contaminaria lençóis freáticos e prejudicaria a saúde da população.

Em Londrina, os vereadores já aprovaram na última semana um projeto de lei que barra o fracking. Principal autora da proposta, Lenir de Assis (PT) contou que o texto proíbe a concessão de alvará para o fraturamento hidráulico no município.

A parlamentar reclamou que os estudos bancados pela ANP não são apresentados à população. De acordo com Lenir, já há informações de que leilões do subsolo da região teriam início ainda neste ano.

Projetos semelhantes ao de Londrina já foram aprovados em cidades como Maringá. A vereadora disse que agora os municípios precisam se mobilizar para pedir ajuda aos deputados estaduais do Paraná.

Procurada pelo Legislativo de Londrina antes de o texto ser votado, a Agência Nacional do Petróleo só se manifestou após os prazos regimentais e afirmou que a proposta da câmara é inconstitucional. Em informes enviados anteriormente à imprensa, o órgão alegou que os testes realizados no norte do Paraná não agridem o ambiente e não têm ligação com o gás de xisto.

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