QUINTA, 05/12/2019, 19:20

Vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e outras Drogas faz ressalvas sobre a possível prescrição indiscriminada do uso da canabis

Para a psiquiatra os cientistas brasileiros precisam estudar mais os efeitos causados para tratamentos em doenças com pessoas idosas.

Depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa aprovou nesta semana a liberação da venda em farmácias de produtos à base de cannabis para uso medicinal no Brasil, muitos questionamentos vieram à tona. A regulamentação foi aprovada por unanimidade e é temporária, com validade de três anos.

A comercialização ocorrerá apenas em farmácias e drogarias sem manipulação, que venderão os produtos prontos, mediante prescrição médica.

O tipo de prescrição médica necessária vai depender da concentração de tetra-hidrocanabidiol (THC), principal elemento tóxico e psicotrópico da planta Cannabis sativa, ao lado do canabidiol (CBD), que é usado em terapias como analgésico ou relaxante.

A psiquiatra, Alessandra Diehl, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e outras Drogas faz ressalvas sobre a possível prescrição indiscriminada.

Alessandra ressalta os cientistas brasileiros precisam estudar mais os efeitos causados para tratamentos em doenças com pessoas idosas.

Sobre a venda em farmácias, a norma passa a valer 90 dias após sua publicação no Diário Oficial da União. De acordo com a resolução, os produtos liberados poderão ser para uso oral e nasal, em formato de comprimidos ou líquidos, além de soluções oleosas.

O uso da maconha para outros fins que não seja medicinal, continua proibido.

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