UPA Centro faz primeiro balanço depois de um mês de funcionamento
Unidade melhora o acesso da população, mas tempo de espera ainda preocupa em momentos de maior procura
O balanço do primeiro mês de funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro revelou um crescimento expressivo na procura por atendimento pela população. Entre os dias 11 de agosto e 11 de setembro, foram registrados 20.445 atendimentos, número 31% superior ao contabilizado no último mês de funcionamento da antiga UPA Jardim do Sol, que atendeu 15.602 pessoas antes de ser fechada para reformas.
A unidade continua registrando superlotação em determinados períodos e ainda enfrenta situações de espera prolongada, mas a melhoria no acesso e no conforto da população tem sido destacada como um avanço. Atualmente, cerca de 70% dos atendimentos são de baixa gravidade e a unidade tem conseguido absorver uma média de 40 pacientes por hora em situações menos complexas.
De acordo com Cleiton Santana, diretor de Urgência e Emergência, este primeiro mês serviu para adaptações.
Situação semelhante acontece na UPA do Sabará, onde, no começo da semana, tem se tornado rotineiro o registro de aumento na procura. Santana afirmou que, a partir desta semana, a equipe médica contará com o reforço de mais um profissional para o atendimento.
Na UPA Centro, o número de consultórios passou de oito para 13, os leitos de observação subiram de 16 para 24 e as poltronas de hidratação dobraram de 15 para 30. O reforço também chegou às equipes: agora são 13 médicos, contra nove anteriormente, além do aumento no quadro de enfermagem, técnicos e demais profissionais de apoio.
As obras na UPA do Jardim do Sol devem demorar pelo menos mais dois anos, e os atendimentos acontecem no prédio do antigo Hospital Mater Dei de forma temporária, mas já existem projetos para que o local continue sendo usado pela Secretaria de Saúde.
A UPA Centro atende na Rua Senador Souza Naves, 1.681 (esquina com a Avenida Bandeirantes) e funciona 24 horas por dia, com acolhimento e classificação de risco realizados por clínicos gerais e suporte de ortopedista de plantão para traumas recentes.