Com os últimos anos marcados por uma estiagem e prejuízos nas safras de grãos da região Sul, influência da La Niña, fenômeno que torna irregular a distribuição das chuvas na parte Centro-Sul do continente, o produtor rural do estado pode comemorar a chegada do El Niño.

De acordo com os meteorologistas, as projeções apontam que ele deve ganhar intensidade já nas próximas semanas e permanecer, pelo menos, até meados de 2024, trazendo um volume de chuvas expressivo.

A agrometeorologista do IDR, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Heverly Morais, explica que o El Niño muda o padrão dos ventos e, com isso, aumenta a possibilidade de chegada de mais frentes frias. Ela diz ainda que, com mais umidade e as projeções apontando temperaturas acima da média, a principal preocupação dos produtores rurais deve ser com o granizo e as tempestades.

Segundo a agrometeorologista, ainda não é possível bater o martelo se este novo El Niño será mesmo de intensidade moderada a forte. Em 2018, por exemplo, explica Heverly Moraes, o fenômeno foi de intensidade fraca e choveu até abaixo do normal para outubro, apenas 55 milímetros, quando a média é 200.

Além de influenciar nas próximas estações, o El Niño, afirma Heverly Moraes, já se reflete no inverno, que esse ano veio menos rigoroso.