Os polêmicos projetos de lei voltam a ser discutidos, em segundo turno, na sessão dessa quinta-feira (29). Aprovado em votação apertada, por 11 votos a favor e 8 contra, o PL 20/2024 prevê a recomposição dos subsídios dos vereadores em 3,82%, passando de R$ 13,6 para $ 14,1 mil já esse ano. Essa matéria será votada em definitivo.
 

O outro projeto prevê a criação de três novos cargos comissionados, sendo dois de direção, diretor de Comunicação e Diretor Administrativo com salário acima de R$ 18 mil e de ouvidor em R$ 16 mil. Neste caso, a votação foi dividida, com 10 sim e 9 não.

O presidente do Sincoval, Sindicato do Comércio Varejista, Ovhanes Gava, avalia que embora seja apenas uma recomposição inflacionária, o valor atual pagos aos salários do vereador, já está bem acima da média salarial do trabalhador londrinense.

O empresário classificou a ação da Câmara de ‘pacote da maldade’ e avalia que a criação das diretorias pode custar mais R$ 50 mil ao mês e não foi discutida com amplo debate da sociedade londrinense.

O Sinduscon Norte, o Sindicato da Construção Civil também reagiu e cobra maior debate antes do aumento de gastos públicos. Em nota, a presidente Célia Catussi, informou que “o diálogo é fundamental no processo democrático, sendo essencial que qualquer projeto seja discutido de forma extenuada, levando em conta as perspectivas de diferentes atores sociais e da própria população”. Neste contexto, o Sinduscon expressa a expectativa de que os parlamentares atuem com bom senso e imparcialidade, visando sempre o melhor para a cidade de Londrina”

Também em nota, o presidente da ACIL, Angelo Pamplona, diz que a entidade é a favor do enxugamento da máquina pública, da redução de gastos e do aumento de eficiência dos órgãos municipais. A criação de cargos comissionados, com salários elevados, é vista com motivo de preocupação. Por outro lado, um ouvidor na Câmara de Vereadores pode ampliar os canais de comunicação com a cidade, intensificando o diálogo com a população.