QUARTA, 13/11/2019, 18:53

Conab prevê mais uma safra recorde de grãos no país

No caso da soja, mesmo com estiagem que atrasou plantio aqui no Paraná, estado deve aumentar área plantada em quase 1% e colher três milhões de toneladas a mais que no ano passado.

Um novo recorde. Essa é a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento para a safra brasileira de grãos 2019/2020, quando devem ser colhidas mais de 246 milhões de toneladas, um aumento de 1,8% ou 4,3 milhões de toneladas em relação à safra passada. Os números são do 2º levantamento da Conab, divulgado nesta quarta-feira. A pesquisa de campo foi feita com mais de 900 produtores de todo país entre 28 de outubro a 1º de novembro. Os dados da Conab mostram que a intenção de plantio é de uma área 1,4% maior em comparação com a da última safra, chegando a pouco mais de 64 milhões de hectares.

No caso da soja, a área a ser semeada deve ter um crescimento de 2,3% em relação à safra passada e a estimativa é de uma produção de quase 121 milhões de toneladas em todo o país. Mesmo com a estiagem que atrasou o plantio aqui no Paraná, e também no Mato Grosso do Sul, o estado deve ter um aumento da área plantada de 0,9% na safra 2019/2020. A produção deve ser ampliada em mais de três milhões de toneladas de soja.

O gerente de Desenvolvimento e Suporte Estratégico da Conab em Curitiba, Leônidas Kaminski avalia a previsão como positiva, principalmente diante da falta de chuvas em setembro e outubro, que atrasou o plantio em muitas regiões do estado.

No caso do milho, que aqui no estado se resume praticamente ao safrinha, semeado a partir de janeiro, depois da colheita da soja, a Conab ainda não tem estimativas. Atualmente, a produção do safrinha representa mais de 70% do milho cultivado no Paraná e no país.

O gerente da Conab acredita que apesar do pequeno atraso no plantio da soja, que motivou inclusive uma liberação da Adapar para a semeadura em janeiro, o milho safrinha vai ser plantado dentro da janela e não deve ter perdas significativas.

Para o trigo, as notícias não são boas. As condições climáticas também devem repercutir na safra do grão. O gerente da Conab afirma que as estimativas apontam para uma redução na produtividade de 30% no estado.

Leônidas Kaminski diz ainda que a cultura vem perdendo espaço no estado, registrando uma área plantada menor ano a ano. Em vez do trigo, a primeira opção dos produtores de muitas regiões tem sido o milho safrinha. O que pesa nesse caso, segundo o gerente da Conab, é a questão do custo de produção e os riscos, por conta do clima. Entre 2018 e 2019, a redução da área plantada com trigo no estado chegou a 7%.

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