SEGUNDA, 10/06/2019, 06:30

Estudantes analisam água do Igapó e confirmam o que muitos londrinenses já desconfiavam, o lago está poluído

Em alguns pontos, a pesquisa dos alunos de um colégio particular da cidade mostrou níveis de concentração de bactérias bem acima dos toleráveis.

A sujeira e o lixo eles encontraram como qualquer um que caminha pelo lago. Mas, foi na hora de partir para a análise da água que levaram um susto e confirmaram o que muita gente já desconfiava: um dos espaços mais usados pelo londrinense para o lazer e principal cartão postal da cidade, o Lago Igapó, está contaminado e os níveis estão bem acima do tolerável.

O estudo, feito por alunos de uma turma da 6ª série do Colégio Maristas, revelou grande quantidade de protozoários e bactérias, microorganismos que são alimentados pela matéria orgânica em suspensão nas águas do lago.

A professora de biologia da turma, Cintia Colombo, explica que o interesse pelo tema surgiu durante uma aula. Os estudantes analisaram o pH, a turbidez da água, além da presença de bactérias e protozoários. As amostras foram coletadas em dois pontos do Igapó III e os resultados foram bem diferentes, segundo a professora. Foi tanta bactéria, que eles não puderam nem fazer a contagem.

Com os resultados, a professora diz que o lago fica classificado como impróprio para esportes ou atividades em que haja contato com a água. Cintia Colombo destaca a curiosidade dos alunos e a preocupação com a cidade em que vivem.

A estudante Ana Sofia Bertan, que já demonstra certas características bem próprias dos cientistas, conta que não imaginava que a água do lago estivesse tão suja e que toda a turma ficou surpresa com os resultados.

A pesquisa agora vai ser divulgada, primeiro em uma feira de Ciências no próprio colégio e depois deve se transformar em uma campanha para a preservação do lago.

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