Além do Paraná, os alvos da Operação Bergon estavam em mais seis estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão, todos cumpridos nesta quinta-feira em Campos dos Goytacazes e Valença, no Rio de Janeiro, e nas cidades paulistas de Campinas e Suzano. 

Aqui no Paraná, a polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão: em Londrina, Araucária e Campina da Lagoa, na região oeste do estado, onde foram apreendidos materiais satânicos e uma arma de airsoft. 

A operação, conduzida pela Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro, começou há sete meses, quando a Delegacia da Criança e do Adolescente da capital fluminense, recebeu um alerta de órgãos do governo dos EUA sobre a atuação desses grupos aqui no Brasil.

 a respeito da atuação de grupos que se autodeclaravam nazistas e ultranacionalistas e se associaram para praticar e incitar atos violentos, de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia e religião nas redes sociais.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu a quebra do sigilo de dados dos envolvidos e durante as investigações encontrou farta quantidade de material com conteúdo racista contra judeus e negros, além de ameaças e indícios de que os grupos trabalhavam para cooptar simpatizantes e treiná-los para disseminar ódio na internet.

Os investigados, alguns adolescentes, publicavam em redes sociais e em aplicativos de mensagens fotografias, imagens e textos racistas, homofóbicos, antissemitas ou nazistas e falavam abertamente sobre a prática de atos de violência contra essas populações.

A “Operação Bergon” é uma referência à freira francesa Denise Bergon, que usou o convento onde vivia para abrigar crianças judias durante a Segunda Guerra Mundial.