Um homem, ainda não identificado, foi flagrado agredindo brutalmente um morador de rua em pleno centro de Londrina durante a noite da última quarta-feira. O vídeo da agressão, feito por um morador da região, viralizou nas redes sociais nesta quinta e já foi repassado à polícia, que deve investigar o caso. Nas imagens, o agressor parte para cima do andarilho, que aparenta estar embriagado e carrega uma marmita de comida nas mãos. Ele tinha acabado de pegá-la de um latão de lixo localizado na calçada. Segundo a vizinhança, a agressão aconteceu depois de uma discussão entre os dois. O agressor parte para cima do andarilho, que chega a pedir desculpas para ele. A atitude, no entanto, não evita o pior. O morador de rua leva um soco no rosto e ainda tem a cabeça batida contra o asfalto. Depois disso, o homem xinga a vítima e sai andando normalmente pela rua, como se nada tivesse acontecido. O andarilho levanta logo após, deixando uma mancha de sangue, visível na rua, para trás.

A CBN conversou com uma moradora da região, que presenciou toda a situação da janela de casa. Sem se identificar, ela contou detalhes do que aconteceu.

A agressão foi registrada bem na esquina das ruas Piauí e Senador Souza Naves, nas proximidades da Concha Acústica, um dos pontos mais visados da área central da cidade pelos moradores de rua.

A moradora reconhece que o problema causado pelos andarilhos à vizinhança é bastante complicado, mas destaca que o uso da violência passa longe de ser uma solução.

O agressor ainda não foi localizado. Ele seria morador de um prédio que fica na região. Já o andarilho chegou a ser identificado pela Secretaria de Assistência Social, mas está desaparecido. Este é o segundo caso de violência registrado contra moradores de rua no centro de Londrina em menos de três meses. No final de outubro, um comerciante foi flagrado jogando água contra um andarilho que estava sentado na frente da lanchonete dele. Na época, o poder público reconheceu que o problema da população de rua é crônico na cidade, que chega a oferecer alternativas, como abrigos e internações, para eles, mas que a maioria dos casos não é resolvida.