SEGUNDA, 04/12/2023, 16:10

Justiça aceita pedido do Ministério Público e motorista acusado de causar a morte de motociclista na avenida Ayrton Senna, na zona sul de Londrina, pode ir a júri popular

Promotoria quer que empresário responda por homicídio por entender que ele teria jogado a caminhonete que conduzia para cima do motociclista de forma proposital. Defesa diz que tudo não passou de uma fatalidade e que deve recorrer da decisão.

A Justiça acatou pedido do Ministério Público (MP) para que o empresário Jamildo Assis Junior, de 49 anos, vá a júri popular pela morte do produtor cultural Wilton Mitsuo Miwa, de 51 anos. Ele perdeu a vida após ser atropelado pelo suspeito, que conduzia uma caminhonete, na avenida Ayrton Senna, na zona sul de Londrina, no dia 21 de outubro do ano passado.

Na época, testemunhas confirmaram em depoimento à Polícia Civil que o motorista teria jogado a caminhonete que dirigia para cima do motociclista após uma discussão no trânsito. Depois de atropelar o motociclista, que chegou a ficar internado em estado grave e acabou morrendo poucos dias depois, Jamildo fugiu pela Gleba Palhano com a motocicleta enroscada embaixo da caminhonete por quase dois quilômetros, mas acabou contido por outros motociclistas que passavam pela região.

A Justiça acatou os argumentos da promotoria de que o empresário teria jogado a caminhonete para cima de Wilton de forma proposital. No entendimento do MP, ele teria usado o veículo como arma. Por conta disso, a promotoria pede para que Jamildo seja julgado por embriaguez ao volante, uma vez que haveria indícios de que ele estaria bêbado, e homicídio duplamente qualificado, que teria sido praticado por motivo fútil e de maneira que dificultou a defesa da vítima. Caso ele seja condenado, poderá pegar mais de 20 anos de prisão. Apesar de aceitar o pedido do MP, a Justiça ainda não marcou uma data para a realização do júri. O agendamento só será feito no ano que vem.

Em entrevista à CBN nesta segunda-feira (4), o advogado Walter Bittar, que defende Jamildo, disse que ainda não foi intimado da decisão, mas já adiantou que deve recorrer da mesma no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

Bittar também rebateu as informações levantadas durante a investigação de que o cliente dele teria agido de forma proposital para atropelar e matar o motociclista. Segundo o advogado, tudo não passou de uma fatalidade.

Por Guilherme Batista

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