Não é de hoje que o poder público municipal, entra administração, sai administração, tenta apostar na chamada retomada da industrialização em Londrina. Conhecida pela prestação de serviços, a cidade, segunda do estado e quarta do sul do país, teria perdido status e prestígio nos últimos anos por conta da falta de investimentos na atração de novas empresas e indústrias.

A atual administração garante que está fazendo diferente, apostando não só na doação de terrenos para os interessados em virem para cá, mas também na criação de complexos que possam oferecer a estrutura necessária para o desenvolvimento das empresas.

Um dos vieses envolve a transformação de Londrina em um grande polo de Tecnologia da Informação. A cidade já conta com 400 startups e se destaca como referência nacional deste segmento. A instalação no município da indiana TCS, considerada a segunda maior empresa do mundo no ramo de TI com a prestação de soluções de negócios, ajuda a comprovar o cenário promissor.

O outro viés é mais tradicional, com o investimento na criação de parques e complexos industriais para a chegada de empresas e companhias de diversos segmentos. O próximo passo do município é a aprovação de diretrizes, no novo Plano Diretor, que possam viabilizar a implantação de pelo menos duas grandes áreas para o recebimento de potenciais indústrias.

O chefe de gabinete da prefeitura, Tadeu Felismino, explica que um dos parques vai ficar na zona norte da cidade, às margens da chamada estrada da Perobinha, entre a avenida Saul Elkind e a PR-445. O outro também ficaria na rodovia estadual, mas na região sul da cidade, na saída para Curitiba. A ideia, conforme ele, é se aproveitar da duplicação da estrada, em andamento por parte do Governo do Estado, para mostrar que aos empresários que a região é viável para o recebimento de novos negócios.

O Plano Diretor do município está em fase de tramitação na Câmara Municipal, e deve ser votado pelos vereadores até o final deste ano.