Ministério Público quer Júri Popular para motorista de caminhonete acusado de matar motociclista
Advogado de Jamildo Assis Júnior diz que acusação de homicídio duplamente qualificado não faz sentido e garante que, se o pedido for aceito pela Justiça, a defesa vai recorrer ao TJ.
O Ministério Público do Paraná pediu à Justiça que Jamildo Assis Junior, de 49 anos, vá a Júri Popular pela morte de Wilton Mitsuo Miwa, de 51 anos, em outubro do ano passado. O caso ocorreu na noite do dia 21 na avenida Ayrton Senna. Na época, testemunhas confirmaram em depoimento à Polícia Civil que o motorista teria jogado a caminhonete que dirigia para cima do motociclista, após uma discussão no trânsito.
Depois de atropelar Wilton Mitsuo, que chegou a ficar internado em estado grave e acabou morrendo poucos dias depois, Jamildo Assis Junior fugiu pela Gleba Palhando com a motocicleta enroscada embaixo da caminhonete por quase dois quilômetros, mas acabou contido por outros motociclistas que passavam pela região.
Dentro do carro dele, que não passou pelo teste do bafômetro, segundo a Polícia Civil, havia uma garrafa de cerveja. No inquérito, que foi concluído e encaminhado ao Ministério Público em novembro do ano passado, o delegado Edgar Soriani ouviu dez pessoas, sendo três policiais, quatro bombeiros e duas testemunhas que teriam presenciado o fato, e concluiu que Jamildo Assis Júnior usou o veículo como uma arma para ferir o motociclista logo após discussão de trânsito e foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.
Jamildo Assis Júnior responde ao processo em liberdade e em depoimento à Justiça na semana passada teria dito que não ingeriu bebida alcóolica, que não jogou o carro em cima do motocilista e que o caso foi uma fatalidade. Além da acusação de homicídio duplamente qualificado, o motorista deve responder também por embriaguez ao volante e ter a CNH cassada.
O advogado de Jamildo Assis Júnior, Walter Bittar, avalia que a acusação de homicídio qualificado não faz sentido e garante que, se o pedido de Júri Popular for aceito pela Justiça, a defesa vai recorrer ao TJ.
Segundo o advogado, ainda não é possível prever uma data para o julgamento. Wilton Mitsuo Miwa trabalhava como fotógrafo e produtor cultural. A reportagem da CBN Londrina não conseguiu contato com o advogado e assistente de acusação da família do motociclista.