A Prefeitura de Londrina deu mais um passo no processo de reorganização do espaço do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), que se encontra em estado de abandono há mais de duas décadas. Após um extenso levantamento patrimonial, o Município listou 14.046 itens inservíveis que serão colocados à venda por meio de leilões públicos.

Os materiais, provenientes de diversas secretarias municipais e atualmente armazenados no barracão do antigo IBC, abrangem diferentes categorias. Entre os itens catalogados estão aproximadamente 7.300 móveis e mobiliários diversos — incluindo mesas, cadeiras, armários e sucatas , além de 3.640 pneus, peças automotivas e baterias inutilizadas. Também fazem parte do lote cerca de 2.600 equipamentos eletrônicos e dispositivos tecnológicos, como computadores, monitores e aparelhos de áudio e vídeo. Outros 500 itens, de naturezas variadas, completam a lista.

De acordo com o Controlador-Geral do Município, Guilherme Arruda, agora, esses itens devem ir para leilão.

A estimativa é que os itens alcancem, juntos, um valor aproximado de R$ 730 mil. Segundo Arruda, os trâmites legais para a realização dos leilões já estão em andamento. A expectativa é que os certames sejam realizados entre o fim de julho e o início de agosto deste ano.

Além dos bens da Administração Direta, autarquias e entidades vinculadas à Prefeitura que também mantêm materiais no IBC estão conduzindo seus próprios levantamentos patrimoniais. Essas unidades poderão organizar leilões separadamente, conforme a necessidade.

De acordo com o Controlador-Geral do Municipio, o barracão do IBC também abriga cerca de 25 veículos que foram alvo de furtos ou desmontes ao longo dos anos. Alguns deles, ainda recuperáveis, estão sendo reintegrados à frota após vistoria e manutenção.

Para coordenar todo esse processo, foi criado em abril deste ano o Grupo de Trabalho Intersetorial do IBC, por meio do Decreto Municipal nº 478. O grupo é formado por representantes de diversas secretarias, fundações e empresas públicas municipais. O objetivo é não apenas destinar adequadamente os bens acumulados, mas também propor soluções para revitalizar o imóvel.