Trabalhadores de TCGL e TIL protestam por atraso no salário
A paralisação de parte do transporte coletivo durou toda a manhã desta sexta-feira quando 150 ônibus deixaram de circular na cidade. Empresa alega desequilíbrio econômico
Os motoristas da Transportes Coletivos Grande Londrina e da TIL cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira (23). Segundo o sindicato da categoria, a empresa não pagou o vale, o adiantamento de 50% do salário que sempre era depositado na conta dos funcionários por volta do dia 20. Em negociação, os gestores da TCGL se comprometeram metade do valor nesta quinta-feira e o restante no dia 30, mas nem o pagamento parcelado aconteceu e os trabalhadores realizaram a paralisação que pegou usuários de surpresa.
De acordo com o Sinttrol são cerca de 800 funcionários nas duas empresas de ônibus sendo que cerca de 200 motoristas cruzaram os braços em frente a garagem da empresa impedido a saída dos ônibus desde as 4 da manhá até por volta do meio dia. 150 carros deixaram de circular no transporte coletivo. Como informou o presidente do Sintroll, João Batista da Silva. O valor médio do salário do motorista é de R$ 2800,00 e 1400 eram pagos com vale de adiantamento.
Por meio da assessoria, a TCGL informou que desde o início da pandemia cresceu o desequilíbrio econômico e financeiro em sua operação de serviço. Ela alega que o número de passageiros diminuiu e as despesas não puderam ser reduzidas na mesma proporção. A empresa diz que já emitiu vários ofícios à CMTU e argumenta que as até agora as medidas adotadas pela atual administração municipal são tímidas.
Em entrevista coletiva, o diretor de transportes da CMTU,Wilson de Jesus, rebateu as acusações da empresa e diz que a TCGL foi atendida.
A empresa reclama ainda que passado sete meses da pandemia não houve necessária contrapartida financeira da administração e que o fator compromete a manutenção do serviço de transporte público. A TCGL reconhece que o momento econômico não permite o aumento do valor da tarifa, o que tornaria o transporte ainda mais inviável. A empresa finaliza a nota exigindo uma audiência com a CMTU para que seja feito o reequilíbrio econômico e financeiro do sistema de transporte publico. Wilson de Jesus criticou a falta de transparência da empresa não ter avisado sobre os atrasos que provocaram a paralisação. E diz que irá notificar a empresa.
Já os ônibus da Londrisul circularam normalmente na manhã desta sexta-feira. 17 ônibus extras foram colocados pela Londrisul para cobrir a vazio deixado com a paralisação da TCGL nas linhas compartilhadas. A empresa opera a maior fatia de 65% do transporte coletivo na cidade,