SEGUNDA, 21/07/2025, 17:32

Inadimplência do IPTU atinge 27% em Londrina e dívida soma R$ 750 milhões

Maior parte dos débitos vem de exercícios anteriores. Novas datas, serviços digitais e programa de regularização são apostas da administração

A Prefeitura de Londrina enfrenta um desafio com a inadimplência do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que já acumula R$ 750 milhões em dívidas. Esse valor abrange débitos lançados em 2025 e de anos anteriores, sendo a maior parte referente ao valor principal do imposto. Também há um volume expressivo de juros e multas.

A taxa de inadimplência gira em torno de 27%, o que preocupa a gestão pública, que agora,de acordo com o Secretário de Fazenda Éder Pires, busca formas mais eficazes e diretas de cobrança, tentando se aproximar dos contribuintes e evitar medidas extremas como protestos ou execuções fiscais.

A Prefeitura compreende que a única solução é por meio do Regulariza Londrina, programa que propõe diversos pacotes de medidas para diminuir esse rombo. Está prevista a mudança nas datas de vencimento do IPTU a partir de 2026, com o objetivo de facilitar o pagamento e alinhar o calendário com as condições financeiras das famílias.

Outras ações incluem a descentralização dos serviços da Secretaria da Fazenda com a instalação de totens de autoatendimento em diversos pontos da cidade, a ampliação do atendimento via WhatsApp e a transição gradual do carnê físico para meios digitais, o que deve reduzir custos e tornar a comunicação mais eficiente.

Pires garante que as ações não são voltadas apenas para os inadimplentes, quem paga em dia também terá benefícios.

A dívida de R$ 750 milhões está concentrada em poucos devedores: aproximadamente 100 contribuintes respondem por mais de um terço do total. Além disso, há diversos casos em disputa judicial, tanto por parte de empresas quanto de famílias em processos como inventários. Paralelamente, o município mantém políticas de isenção e descontos: quase 29 mil imóveis foram isentos do pagamento em 2025, dentro dos critérios estabelecidos, e outros mais de 8 mil contam com o IPTU Social, voltado a residências populares financiadas por programas habitacionais.

Por Paulo Andrade

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