TERCA, 16/12/2025, 17:36

Londrina vai ter novo modelo de coleta de lixo reciclável com ampliações em 2026

A CMTU estuda a correção de gargalos e a ampliação do serviço para atender também a área rural.

Londrina deve ter já a partir de fevereiro de 2026 um novo modelo de coleta de lixo reciclável. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) trabalha para remodelar e ampliar o sistema, que atualmente é baseado em contratos com cooperativas de recicladores, responsáveis por todo o processo de coleta e destinação do material reciclável.

Segundo o presidente da CMTU, Fabrício Bianchi, a ideia é de que no novo modelo, até duas cooperativas ou associações atuem exclusivamente no processo de coleta, que seria separado do processo de triagem e destinação.

As mudanças vão seguir orientações do Ministério Público e as conclusões de um grupo de trabalho estabelecido pelo órgão municipal, que inclui a Universidade Estadual de Londrina (UEL), para estudar a solução mais viável para o sistema londrinense.

O Ministério Público vem monitorando a situação dos contratos com as sete cooperativas que promovem a coleta e reciclagem em Londrina. Entre outras providências, o órgão determinou que o município garanta a remuneração justa e adequada dos trabalhadores das cooperativas, com a elaboração de planilha de custos dos serviços de coleta, triagem, armazenamento e disposição final dos resíduos.

Segundo Fabrício, o novo modelo de coleta seletiva também deve ampliar a oferta do serviço, que hoje é prestado na área urbana e nos distritos de Londrina, para abranger também a área rural.

A frequência de coleta também deve aumentar, segundo o presidente da CMTU. Para aprimorar a coleta seletiva, o investimento no serviço vai sair de cerca de R$ 18 milhões para mais de R$ 23 milhões.

O Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos garante a participação das cooperativas no sistema de reciclagem, e impede a contratação de empresas terceirizadas.

Em 2022, a CMTU tentou terceirizar a coleta de recicláveis por meio de uma licitação de R$ 6,5 milhões, mas a Justiça suspendeu o edital após ação do MP-PR. Já em 2023, o Tribunal de Justiça do Paraná determinou que o serviço deve ser executado exclusivamente por cooperativas, incluindo coleta, triagem e destinação.

Por Fernando Bianchi

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