O governo federal reduziu o volume de crédito rural do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 de R$ 202 para R$ 185 bilhões. As principais reduções foram nas linhas de investimento para maquinário e novas tecnologias. As taxas de juros subiram pelo segundo ano seguido, passando de 5,5% em 2015 para 9,5% em 2017. Os agricultores podem contratar créditos rurais de julho a setembro, quando começa o plantio da safra de verão no Paraná.

O economista da Federação da Agricultura do Paraná, Pedro Loyola, explica que o volume de crédito de custeio será suficiente para o estado, mas as altas taxas de juros podem inviabilizar as atividades de alguns agricultores.

Segundo Loyola, o baixo volume de recursos para os programas de seguro agrícola também são preocupantes, pois eles garantem retorno financeiro aos agricultores que perdem parte da safra por alterações climáticas. A previsão inicial era de R$ 741 milhões em créditos, mas o volume baixou para R$ 400 milhões. De acordo com o economista, os recursos disponíveis seriam suficientes para apenas 10% da área agrícola do país.