Dados contabilizados até essa quinta-feira (22) pelo Tribunal Superior Eleitoral demonstram que os candidatos a prefeito de Londrina receberam até o momento pouco mais de R$ 1 milhão e 61 mil em doações para a campanha deste ano. Marcelo Belinati, do PP, concentra quase metade desses recursos, com R$ 500.370. O principal doador do pepista é o próprio partido, que desembolsou R$ 500 mil. Em seguida está Valter Orsi, do PSDB, cuja campanha arrecadou R$ 382 mil. A legenda do tucano também é responsável pela maior parte das doações, com R$ 199 mil. O terceiro candidato com mais doações até agora é Odarlone Orente, do PT, com R$ 68 mil, dos quais R$ 65 mil foram bancados pelo Partido dos Trabalhadores.

André Trindade, do PPS, vem logo depois. Ele angariou R$ 57 mil, sendo que R$ 30 mil foram pagos pela própria sigla. A quinta candidata com mais doações é Sandra Graça, do PRB, que arrecadou R$ 47 mil, dos quais R$ 29 mil ela mesma desembolsou. Três secretários do prefeito Alexandre Kireeff – Daniel Pelisson, George Danielides e Paulo Bento – ajudaram financeiramente a campanha de Sandra. Ao mesmo tempo, o PSD, partido de Kireeff, está na coligação de Valter Orsi. Flavia Romagnoli, da Rede, conseguiu R$ 4.600 – somente com doações de pessoas físicas. Luciano Odebrecht, do PMN, e Paulo Silva, do Psol, ainda não informaram a Justiça Eleitoral sobre quanto arrecadaram com suas campanhas. Os candidatos que disputam o 1º turno têm até 1º de novembro para fazer isso.

O professor do departamento de Ciências Sociais da UEL, Ronaldo Baltar, observou que o total de doações conseguidas por enquanto pelos candidatos é bem inferior ao de eleições anteriores. Principalmente por causa da norma que começou a vigorar neste pleito que impede que empresas repassem dinheiro para as siglas.

Os políticos que disputam a Prefeitura de Londrina podem gastar até R$ 1,6 milhão no 1º turno e, no 2º turno, até R$ 481 mil.

Sobre o fato de os quatro primeiros candidatos com mais doações serem bancados principalmente pelos seus partidos, Ronaldo Baltar comentou que os instrumentos de controle dessas transferências de recursos ainda são falhos.

Além disso, segundo o professor de Ciências Sociais, as legendas não têm conseguido motivar pessoas físicas a doarem para as campanhas. Conforme Baltar, é baixa até mesmo a adesão dos próprios filiados às siglas.