TERCA, 23/02/2021, 15:56

Abrasel pretende processar prefeitura em até R$ 100 milhões para reparação de danos de bares e restaurantes em Londrina

Segundo a associação, valor aproximado diz respeito ao prejuízo amargado pelo setor desde o início da pandemia. Entidade também comentou nova ação do Ministério Público, que pede o fechamento dos estabelecimentos na cidade.

A Abrasel, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, prepara uma ação judicial contra a Prefeitura de Londrina para a possível reparação de danos sofridos pelo segmento no município desde o início da pandemia de coronavírus. A informação foi confirmada em primeira mão à CBN nesta terça-feira (23) pelo presidente da entidade na região norte do estado, Leonardo Leão. Segundo ele, o processo deve ser apresentado à Justiça no decorrer das próximas semanas. Ele explica que o tamanho do prejuízo ocasionado pela suspensão do funcionamento dos espaços no ano passado é muito subjetivo, mas que se for levada em conta a informação de que, atualmente, Londrina conta com cerca de 3 mil bares e restaurantes, é possível estimar um montante de até R$ 100 milhões de perdas. Na avaliação de Leão, o poder público precisa ser obrigado a ajudar o segmento a se recuperar da crise, uma vez que, de acordo com o empresário, foi ele o responsável por proibir o funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Em 2020, os espaços ficaram fechados nos primeiros meses da pandemia, e também durante a Lei Seca de quinze dias em setembro.

 

O presidente da Abrasel também comentou o novo pedido feito pelo Ministério Público à Justiça para o fechamento de bares, academias e igrejas em Londrina. Na solicitação, a promotoria alerta que o município vive o pior momento da pandemia, com uma explosão de casos de coronavírus e a falta iminente de leitos nos hospitais, que estão superlotados. Leão, por sua vez, argumenta que os bares não podem receber toda a culpa pela situação atual.

 

O empresário também afirmou que a Abrasel reforçou a orientação aos donos dos estabelecimentos, pedindo para que eles obedeçam às medidas sanitárias vigentes, e garantiu que os excessos verificados durante fiscalização pela Guarda Municipal são cometidos por uma minoria.

Por Guilherme Batista

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