Acesf investiga violação de dois túmulos no cemitério Jardim da Saudade, na zona norte de Londrina
Num dos casos, desta segunda-feira, sepultura foi aberta e caixão com o corpo de um homem enterrado há dez dias retirado da gaveta. No outro, na última semana, há indícios de que corpo de idosa de 82 anos também tenha sido violado.
A Acesf, autarquia municipal que administra os cemitérios e os serviços funerários em Londrina, voltou a registrar, nos últimos dias, a violação de túmulos na cidade. Na última semana, pelo menos duas lápides do cemitério Jardim da Saudade, na zona norte, teriam sido arrebentadas. Um dos casos é da madrugada desta segunda-feira (28), quando a sepultura de um homem que havia sido enterrado há cerca de dez dias foi violada. Pela manhã, funcionários da Acesf encontraram o caixão com o cadáver num dos corredores do cemitério. O corpo foi imediatamente recolhido e, posteriormente, sepultado na lápide. O outro caso, da semana passada, é ainda mais grave: além de destruir o túmulo, o responsável teria violado o corpo da pessoa enterrada, que seria uma idosa de 82 anos de idade. A suspeita, entretanto, só vai poder ser confirmada com o resultado de exames já realizados junto ao cadáver.
As duas ocorrências foram registradas pela Acesf junto à Polícia Civil, que abriu um inquérito para investigar a situação. A suspeita é de que as violações tenham sido feitas por uma mesma pessoa, que está sendo procurada.
À CBN, o superintendente da Acesf, Péricles Deliberador, confirmou os casos e disse não saber mais o que fazer para evitar as invasões dos cemitérios. Ele lembrou que depende da Guarda Municipal para a realização de patrulhamento nos espaços, e que, normalmente, as equipes se mostram insuficientes para dar conta da demanda.
Deliberador destacou que em relação ao Jardim da Saudade, a Acesf ergueu os muros e melhorou a iluminação do espaço, e que a autarquia também analisa a possibilidade de instalar uma câmera de segurança no cemitério para monitorar o vai e vem de pessoas principalmente durante a madrugada. Apesar disso, ele não soube informar quando o sistema de monitoramento deve entrar em funcionamento.
Os últimos casos de violação de túmulos haviam sido registrados na cidade em 2019, quando a polícia prendeu um homem acusado de violar ao menos 15 lápides no cemitério São Pedro, no centro. Além disso, a Acesf tem precisado lidar com furtos frequentes de placas e peças de bronze e de metal das sepulturas. Em junho do ano passado, a polícia encontrou um laboratório clandestino na zona norte que fazia o derretimento do material furtado. Na ocasião, mais de 100 quilos em peças diversas foram recuperados.