A Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) e o Departamento Penitenciário (DEPEN) de Londrina firmaram uma parceria que busca a inclusão e a ressocialização de detentos no mercado de trabalho. A intenção é incentivar os empresários londrinenses a contratar a mão de obra prisional. Os presos que trabalham e estudam, tem redução na pena, como explica o presidente Fernando Moraes.

No Paraná, 23 mil pessoas estão presas. E apenas 30% delas estão em atividades laborais. Para os contratantes, os benefícios são, inclusive, de redução de custos com encargos trabalhistas. A cada três dias com atividades, eles diminuem um dia na pena, como destaca o diretor do Depen Reginaldo Peixoto. Atualmente, 250 detentos trabalham e estudam no sistema penal de Londrina.

75% do salário mínimo vão para o preso. 25% vão para o Depen, que ajuda a pagar o salário de outros presos, que trabalham nas fábricas do sistema prisional do Paraná. Ele guarda 80% do valor que ele ganha em uma conta poupança. Se ele quiser, a quantia pode ser destinada a família ou fica guardada para ser sacada pelo detento que cumpriu a pena.

O empresário do setor de calçados e luvas de segurança, Luiz Carlos Leitão é um exemplo de quem acredita no projeto. Há quase 20 anos ele transfere parte da mão de obra das empresas dele para o sistema prisional. Atualmente ele emprega 250 presos na indústria que fica em Guarapuava. Em Londrina, ele atuou entre 2006 e 2011 na Unidade 2 da PEL.