SEGUNDA, 09/06/2025, 07:15

Acúmulo de salários previsto em projeto polêmico pode ser revisto, diz líder do Prefeito na Câmara de Londrina

Segundo a vereadora Flavia Cabral (PP), um estudo “amplo e aprofundado” será realizado agora, depois da interrupção da tramitação da matéria no Legislativo

Depois da interrupção da tramitação da matéria na Câmara Municipal de Londrina (CML), o polêmico projeto de lei que prevê a possibilidade de acúmulo de salários a Secretários Municipais que vêm de outras funções nas esferas estadual e federal deve passar por um estudo “amplo e aprofundado”, que pode alterar essa medida. A afirmação é da líder do Prefeito no Legislativo Municipal, vereadora Flavia Cabral (PP). Segundo ela, a melhor decisão para a cidade será tomada neste período.

A matéria foi retirada de pauta na última semana por Flavia Cabral a pedido do Prefeito Tiago Amaral. Segundo a vereadora, o projeto foi interrompido justamente para que haja um diálogo mais intenso de todos os pontos da proposta.

Há algumas semanas, houve um requerimento para a tentativa de tramitação em urgência do projeto, ou seja, o trâmite seria acelerado, evitaria a passagem por algumas comissões e chegaria ao plenário para a votação assim que aprovada a urgência. Com a pressão popular, o pedido foi rejeitado. Flavia Cabral afirmou que o Prefeito Tiago Amaral fez o pedido de urgência para “acenar positivamente aos servidores”.

O texto da matéria prevê que, nesses casos, os membros do alto escalão da Administração Municipal poderiam receber os vencimentos dos empregos de origem e mais até 90% da remuneração de Secretários Municipais, que hoje é de R$ 21.900. Este valor foi aumentado no início deste ano, depois do pedido do Prefeito, justificando que salários mais baixos não atrairiam pessoas qualificadas para gerir as pastas.

Desde o protocolo da matéria, o Observatório de Gestão Pública de Londrina (OGPL) também tem acompanhado atentamente e se manifestado. Na úiltima semana, o órgão classificou a matéria como um retrocesso, cobrou respostas dos entes públicos quanto à moralidade do projeto e pediu à Câmara a realização de uma audiência pública sobre a proposta. A tramitação do projeto está interrompida até outubro.

Por Rafael Sanchez

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