Apesar de contar com uma ótima infraestrutura, o Instituto Médico Legal (IML) de Londrina coleciona uma série de problemas operacionais. No topo da lista, o déficit de profissionais. A chefe Cristiane de Souza Batilana, que preferiu não gravar entrevista, afirma que atualmente, o Instituto tem 7 legistas contratados, mas três deles já estão licenciados por conta do pedido de aposentadoria. Sendo assim, apenas quatro profissionais atendem os diversos serviços. Número insuficiente, que prejudica a celeridade dos processos.

Ela conta, por exemplo, que o agendamento de um exame de lesão corporal demora 20 dias. A orientação, inclusive, é que as delegacias façam fotos no momento do Boletim de Ocorrência (BO) para ajudar os trabalhos dos médicos por causa da demora entre o fato e o exame. Os únicos casos que são tratados com urgência, com atendimento em até 24 horas, são os de abuso sexual.

O necrotério ainda funciona em horário restrito, das 8h às 22h, porque não tem funcionário suficiente para atender 24h por dia. O único serviço que não para é o recolhimento e recebimento de corpos. Hoje, o IML conta com cinco auxiliares de necropsia e quatro motoristas. O ideal é ter mais um motorista.

De acordo com a chefe, os legistas que passaram em concurso público, já foram convocados pelo governo do estado. Falta apenas a nomeação, que não tem previsão de acontecer.

Ainda na lista de problemas, está o atendimento telefônico. A chefe reconhece a situação e afirma que as reclamações dos usuários são constantes. O IML conta apenas com números telefônicos individuais. Não existe uma Central Telefônica para direcionar as ligações aos setores pertinentes. Por isso, é comum ligar na recepção do Instituto e não ser atendido. Segundo Cristiane, a situação vai ser resolvida assim que for concluída a licitação para a compra de um aparelho, que vai informar os ramais.  

O novo prédio do IML de Londrina foi inaugurado em março de 2018.