O advogado Eduardo Caldeira, que representa boa parte dos 1.400 motoristas de Uber em Londrina, não descarta entrar com uma ação na Vara da Fazenda Pública para trazer de volta o projeto que regulariza o funcionamento do aplicativo na cidade. Há duas semanas, ele pediu informações à Câmara Municipal sobre o estágio de discussão da proposta, mas foi informado de que a matéria encontra-se arquivada pelo afastamento do vereador Rony Alves, do PTB, em virtude da Operação ZR-3, do Gaeco. Os promotores, desde o final de janeiro, estão investigando um possível esquema de corrupção que envolveria agentes públicos em mudanças de zoneamento na cidade. Alves está afastado por 180 dias do Legislativo por determinação do juiz da 2ª Vara Criminal, Delcio Miranda da Rocha.

No ofício encaminhado pela gerência do Departamento Legislativo da Casa, Caldeira soube que o texto só pode voltar à pauta por decisão do próprio autor, que é o petebista. O advogado estuda dar mais tempo para que os vereadores retomem a regulamentação por conta própria. Se isso não acontecer pelo menos até a semana que vem, ele não descarta acionar a Justiça.

No ano passado, antes de ser afastado, Rony Alves promoveu diversas reuniões com os condutores do aplicativo para definir as taxas que seriam cobradas. Com os valores fechados, o parlamentar resolveu retirar o projeto por tempo indeterminado para aguardar a votação no Congresso Nacional. Em Brasília, a deliberação prossegue lentamente. O texto retornou à Câmara Federal depois que o Senador mudou alguns pontos.