QUINTA, 05/06/2025, 12:32

ANAC vai analisar possível aumento da pista principal do Aeroporto de Londrina

Demanda virou caso judicial com descumprimento de item em contrato com a Infraero. Mais uma audiência de conciliação foi realizada nesta semana para tentar resolver a situação

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) vai avaliar a viabilidade do aumento da extensão da pista de pousos e decolagens do Aeroporto Governador José Richa, em Londrina. A medida foi resultado de mais uma audiência para tentativa de conciliação entre a Prefeitura de Londrina e a Infraero, antiga gestora do terminal.

A reunião realizada nesta semana foi a segunda entre as partes e não chegou a nenhum ato concreto para garantir o que foi acordado em contrato em 2016: a pista seria ampliada em 600 metros e uma nova pista de taxiway (manobragem dos aviões) também seria construída, em troca de desapropriações de imóveis próximos ao Aeroporto, que efetivamente foram feitas pelo Município, com valor de R$ 50 milhões. Outro ponto era a instalação do ILS, instrumento para auxiliar pousos sob mau tempo, o que deve acontecer até o fim deste ano, como promete o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).

Quase dez anos depois, e agora sob a tutela da CCR Aeroportos, a pista foi aumentada em apenas 150 metros. Já a pista de taxiway que existia foi desativada, sem previsão da construção de uma nova.

Na ata da segunda audiência de conciliação está a informação de que a ANAC precisa, em 90 dias, entregar à Prefeitura um relatório sobre a viabilidade (com prós e contras) da realização das medidas previstas em contrato. Na sequência, nova audiência será marcada entre as partes.

Para o Secretário de Governo de Londrina, Rodrigo Souza, é preciso que o Município justifique para a ANAC a necessidade das obras.

Recentemente, a CBN Londrina ouviu André Silvestri, professor de arquitetura da UEL e autor de um projeto que atende Aeroportos de todo o Brasil. Ele lembrou que a pista de Londrina é segura com a extensão atual, mas defendeu o aumento de 600 metros para possibilitar o pouso de aeronaves maiores.

Uma nova audiência de conciliação ainda não tem data marcada.

Por Rafael Sanchez

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