Ignorando o pedido do presidente da República, grupos de caminhoneiros seguiram com paralisações em pelo menos 10 pontos da região de Londrina, de acordo com as polícias federal e estadual. Houve ocorrências de violência, com manifestantes impedindo que outros caminhões seguissem viagem, exceto aqueles com alimentos perecíveis.

Carros de passeio trafegaram normalmente, apesar da lentidão em alguns pontos. Até o início da manhã, havia bloqueios parciais em Ribeirão Claro, Wenceslau Braz, Jardim Alegre, Rolândia, Assaí, São Sebastião da Amoreira, Santa Mariana, Andirá e no km 86 da PR- 445, além da mobilização em frente ao Parque Ney Braga, em Londrina. Ouvintes relataram congestionamentos e falta de combustíveis em alguns postos. Elidiane Cândido saiu de Joinville na tarde de quarta-feira e já não havia combustível na cidade catarinense. Até a região de Curitiba ela relatou dificuldade para abastecer, com alguns postos interditados e outros com longas filas e combustíveis no fim. Depois de Ponta Grossa a situação estava mais tranquila, segundo a empresária.

Motoristas de Londrina também encontraram alguns postos sem gasolina na região central da cidade. Mas foram problemas pontuais. O Paranapetro não recebeu

 registros de desabastecimento de combustíveis no Paraná, mas alertou para o consumo consciente. Uma corrida aos postos, com vendas muito acima do normal, pode gerar falta do produto em determinadas regiões. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná reforçou, entretanto, que espera que as manifestações não se intensifiquem, pois bloqueios poderiam sim prejudicar a distribuição de combustíveis. Depois das 10h, alguns grupos começaram a se dissolver e encerrar o protesto, incluindo na PR -445, na PR- 444, em Arapongas, e na PR218, em São Sebastião da Amoreira. Nos pontos monitorados pela Polícia Rodoviária Federal a situação também ficou mais tranquila ao longo da manhã.  A previsão inicial era de que a paralisação durasse 72h.