Há mais de duas décadas, era lançado um dos festivais que movimentaria a programação musical de Londrina. Com o objetivo de incentivar artistas autorais da cidade, surgiu o Demo Sul, um dos festivais responsáveis por colocar a região sul do Brasil no mapa da música nacional.

A primeira edição do evento foi realizada em 2001. Marcelo Domingues, idealizador e organizador do evento, explica que o projeto surgiu como forma de valorizar e dar visibilidade para bandas locais, mas, no decorrer das edições, o festival cresceu e se tornou um destaque na região.

Ao longo dos anos, o projeto foi crescendo e contou com a presença de grupos de grande projeção, como a banda Nação Zumbi, o cantor baiano Tom Zé, além de nomes internacionais, como é o caso do quarteto norte-americano Mudhoney. O idealizador do evento estima que mais de 500 bandas já tenham participado do projeto, entre programação principal e ações extras.

Voltado para o cenário de produções musicais independentes, que não contam com o apoio de gravadoras, Domingues afirma que batizou o festival como “Demo Sul” para apontar o processo de transformação que os artistas viviam, passando das gravações analógicas, em fitas de demonstração, para o meio digital.

Além das apresentações musicais, a programação do Demo Sul também prevê atividades normativas, como cursos e workshops. Em razão da pandemia, o festival segue suspenso por tempo indeterminado.

Mas, durante o período de pausa do evento, o organizador criou uma página para resgatar momentos que marcaram a história do festival. Ele conta que a intenção com o novo projeto é criar uma narrativa histórica, contada por meio de fotos, vídeos, materiais de divulgação e manchetes de jornais.  

Domingues revela que ainda não é possível ter uma perspectiva sobre o retorno do festival. Para ele, uma nova edição do evento deve acontecer apenas quando houver condições sanitárias para realização do formato presencial. A página oficial para acompanhar as publicações no Instagram é @demosul_oficial.

REPÓRTER VICTOR ASSIS