Pais de alunos e professores da Escola Municipal Cecília Hermínia Oliveira Gonçalves, no jardim Sabará, na zona oeste de Londrina, ficaram apavorados com a ação criminosa registrada na unidade no início da tarde de quarta-feira (18). O local foi invadido por um ladrão armado com uma faca, que, após render o porteiro, conseguiu roubar cerca de R$ 2,6 mil em dinheiro. Ele arrombou a sala da direção e levou de lá a quantia, que tinha sido arrecadada pelos alunos por meio da venda de rifas. Por sorte, a escola estava vazia no momento do crime. Tanto alunos como funcionários já tinham ido embora.

O caso, entretanto, voltou a reacender a discussão sobre a necessidade da presença da Guarda Municipal em todas as unidades de ensino do município 24 horas por dia.

Nesta quinta-feira (19), durante a manhã, a presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara, vereadora Jessicão (PP), esteve na escola e percebeu por lá a presença de uma viatura da Guarda Municipal acompanhando a chegada dos alunos. Uma cena diferente da registrada no início da tarde de quarta, quando a GM não estava presente e o ladrão teve acesso livre à unidade.

Jessicão lembrou que Londrina já conta com uma lei que prevê vigilância armada em todas as escolas e creches municipais 24 horas por dia. O problema, conforme ela, é que a legislação não é cumprida pela prefeitura.

O caso também foi assunto durante a sessão desta quinta-feira da Câmara. A vereadora Mara Boca Aberta (PROS), assim como Jessicão, fez questão de lembrar da lei que exige a presença da Guarda Municipal nas unidades. Para ela, a prefeitura precisa olhar com mais atenção para esse problema.

A Secretaria de Defesa Social acredita que a invasão da escola foi premeditada, e que o ladrão sabia que o dinheiro estava guardado na sala da direção. Tanto é que as equipes em patrulhamento nos últimos dias já tinham percebido uma certa movimentação estranha no entorno da unidade. A suspeita é de que o criminoso tenha tido acesso a informações privilegiadas. Ele continua foragido. Já em relação ao pedido das vereadoras, o município informou que as rondas vão continuar a ser realizadas de forma escalonada pelas equipes da GM por conta da falta de efetivo para atender todas as unidades ao mesmo tempo. O que pode ajudar a aumentar a segurança, ainda conforme a prefeitura, é a contratação de inspetores municipais para trabalhar nas escolas. O processo de licitação, avaliado em mais de R$ 12 milhões, ainda não foi finalizado.