Com a pandemia e a redução drástica do número de voos no Brasil e em todo mundo, o aeroporto de Londrina ficou sem pousos e decolagens por aproximadamente três semanas. O terminal, que recebia 16 voos diários de três companhias aéreas, para Guarulhos, Campinas, Congonhas, Curitiba e Cuiabá, além de conexões para outras cidades, ficou sem receber aviões desde 14 de abril. Resultado de uma redução da malha aérea do país após um acordo entre empresas e ANAC, fechado no início do mês passado.

No caso da companhia aérea que retomou as operações na tarde desta segunda-feira para Curitiba, com escala em Campinas, os voos, segundo um funcionário, estavam suspensos desde 23 de março. O avião pousou em Londrina às 14hrs com 80 passageiros e decolou de volta às 15h25, com 90 pessoas. Segundo a Infraero, o voo para a capital do estado é diário.

A baixíssima movimentação do terminal nos primeiros meses agora de 2020 contrasta com o mesmo período de 2019, que apontava para uma recuperação do mercado aéreo, atingido em cheio pela crise econômica dos últimos anos. Um balanço divulgado pela Infraero em julho passado, mostrava uma alta de 10%, quase 45 mil passageiros, no terminal aqui da cidade em relação mesmo período de 2018.

O economista e professor da UTFPR, Marcos Rambalducci, afirma que a situação vivida pelo aeroporto de Londrina revela o tamanho da crise gerada pela pandemia em todo o mundo, que atingiu em cheio as companhias aéreas e outras empresas ligadas ao setor.

Na avaliação de Rambalducci, o setor aéreo vai demorar, no mínimo, seis meses para começar a se recuperar, mas tudo depende da retomada da economia.

Vale lembrar que o aeroporto de Londrina, junto com os terminais de Curitiba e Foz do Iguaçu, faz parte do pacote de privatizações anunciado pelo Governo Federal para o estado. A previsão, de acordo com a Secretaria Nacional de Aviação Civil, é que a empresa ganhadora do edital invista cerca de R$ 200 milhões no aeroporto.